Mesmo fora das quadras, Adriana Samuel está de olho em novas vitórias

  • Paulo Chancey Junior
  • 09/06/2021 14:24
  • Futebol

A pandemia de coronavírus aumentou ainda mais a importância do patrocínio para os atletas olímpicos. Ter o suporte e a tranquilidade para os treinos pode ser o diferencial para garantir as medalhas. Fazer a ponte entre as marcas e os atletas é o trabalho da ex-atleta de vôlei, Adriana Samuel. A medalhista olímpica que mudou a história do vôlei de praia e do esporte feminino no Brasil, atua como gestora de patrocínio e é o nome por trás de 22 grandes promessas brasileiras que formam o “Time Petrobras” nos Jogos de Tóquio, de 2021. Das quadras e areias, ela traz a sabedoria de trabalhar em equipe a favor dos esportes.

Desde 2015, Adriana lidera a equipe que estampa o patrocínio da Petrobras, uma lista de nomes consagrados como: Kahena Kunze e Martine Grael, da Vela; os parceiros Alison Cerruti e Alvaro Filho e a dupla Ágatha e Duda, do vôlei de praia; Ana Marcela Cunha, da maratona aquática; o canoista Isaquias Queiroz; os skatistas Pedro Barros e Letícia Bufoni; a boxeadora Bia Ferreira e o ginasta Arthur Nory. Entre os cinco paraolímpicos estão: Antônio Tenório, do judô, Petrúcio Ferreira, Silvânia Costa e Verônica Hipólito, todos do atletismo, e Daniel Dias, o recordista mundial da natação.

Recentemente, o projeto foi renovado por mais um semestre para poder contemplar todo o atual ciclo olímpico, que foi ampliado.

“Nunca se esperou tanto por uma Olimpíada, mas do que nunca é uma oportunidade para dar alegria e esperança para o mundo nesse momento. Gratidão é a minha palavra por receber um apoio tão importante para um atleta, que é o de ter tranquilidade para poder treinar e garantir uma boa preparação para os Jogos. O patrocínio faz uma diferença enorme na nossa preparação”, declara o atleta Daniel Dias.

A temporada no vôlei de praia deu a Adriana a expertise para gerir e administrar a própria carreira: captar e manter o patrocínio, montar a própria equipe multidisciplinar e treinar até vencer. Ao decidir se aposentar, foi até natural sua transição para a gestão de imagem e captação de patrocínio para outros atletas. A ex-jogadora, agora empresária, mantém o contato direto com cada um, dando orientações que garantem estampar com responsabilidade, uma marca no peito.

“Vou construindo com eles uma relação de confiança que vai crescendo com o tempo. O fato de ser medalhista, também faz com que eles me olhem de uma forma respeitosa, como alguém que entende o ponto de vista deles e que alcançou o objetivo. Eu trago o entendimento de saber a importância de carregar uma marca e cuidar dela. Eu vivenciei e passei por todas as etapas do processo de profissionalização do voleibol e a valorização dele. Eu levei para o vôlei de praia o profissionalismo da quadra e carreguei toda experiência como atleta para o meu trabalho atual,” diz Adriana.

Ela segue vitoriosa colecionando novas conquistas, mesmo fora das quadras. Ao todo, são três participações como gestora - Londres, Rio e Tóquio - fazendo parte do Time Embratel e Time Petrobras. As seleções de atletas brasileiros sugeridos por Adriana, já movimentaram milhões de investimentos das marcas e renderam para o Brasil 29 medalhas, somando Olimpíadas e Paraolimpíadas, em diferentes modalidades. Para o Diretor de Esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Jorge Bichara, a carreira e experiência de Adriana no esporte é um dos destaques de sua atuação profissional:

“Trabalhar com esporte não é simples. Você lida diariamente com os sonhos, emoções, vitórias, derrotas, frustrações, limites e superações das mais diferentes personalidades que te exigem e te ensinam todo o tempo.

Transformar sonhos em objetivos, saber identificar e atender as necessidades e interesses de todos envolvidos e conduzir projetos para o sucesso são características dos melhores profissionais desse segmento.

Adriana Samuel é a profissional que conheci que mais reúne qualidades para lidar com atletas e patrocinadores nessa complexidade de tarefas.

Competência, ética, comprometimento, paciência e certamente a experiência de ser uma medalhista olímpica fazem com que ela se diferencie e se destaque entre tantos”, afirma Bichara.

Sobre Adriana Samuel

A carioca Adriana é de Resende, a filha do meio de três irmãos. Já inspirando o caçula Alexandre Samuel, o Tande, a seguir seus passos no mundo do voleibol. Ainda menina, descobriu o vôlei aos 12 anos na Escolinha do Círculo Militar, na Praia Vermelha. Aos 13 anos, começou a jogar no time mirim do Botafogo e aos 17, já estava no profissional ao lado de Isabel e outras estrelas do vôlei feminino. Em 1992, Adriana fez o movimento mais importante da sua carreira, migrou da quadra para as areias, ainda sem saber da decisão que mudaria sua vida e a vivência do esporte no país. Já em 1996, brilhava de forma extraordinária nas areias dos EUA levando a medalha olímpica de prata para o Brasil ao lado da dobradinha brasileira contra Sandra Pires e Jaqueline Silva. O próximo pódio de Adriana viria com o bronze, em Sydney, em 2000, se consolidando como um dos maiores nomes do esporte no Brasil e no mundo. Hoje é empreendedora e consultora de esportes gerenciando nomes consagrados do nosso país, em diferentes modalidades esportivas e projetos de inclusão social através do esporte.

Sobre o Time Petrobras

Sucesso nos jogos olímpicos e paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016 - quando conquistou um total de 20 medalhas - o Time conta atualmente com 22 atletas, sendo 17 olímpicos e 5 paralímpicos. Com um investimento de cerca de R$ 11 milhões (2018 a 2021), a Petrobras apoia essa equipe de alto rendimento composta por nomes consagrados e jovens talentos promissores.