O mês de outubro chegou ao fim e com ele, diminuem as ações e campanhas do “Outubro Rosa”, direcionadas para a conscientização e combate ao câncer de mama. Mas independente do período do ano, personagens do esporte alagoano, destacam a rotina de cuidados e a importância de continuar estimulando ações frequentes para combate a doença.

O MinutoEsportes foi em busca de mulheres que atuam dentro e fora das plataformas esportivas e de disputa, que seguem à risca os cuidados e estimulam campanhas como o “Outubro Rosa”.

Duas atletas alagoanas, de modalidades distintas, reforçaram a necessidade do autocuidado. Bruna Oliveira, do atletismo, natural de Jequiá da Praia, medalhista em competições nacionais e internacionais, disputou os Jogos Olímpicos do Rio 2016 e Tóquio (20-21), destacou a importância das ações.

“O mês Outubro Rosa é um lembrete à saúde, que a detecção precoce do câncer de mama  pode salvar muitas vidas, e eu sempre falo com as minhas alunas sobre o cuidado ao nosso corpo, que é o nosso abrigo, por isso  devemos  cuidar dele com muito amor. Então, vista-se de rosa e abrace essa causa”, afirmou. 

Também atleta olímpica, a jovem Duda Arakaki da ginástica rítmica, medalhista de etapa mundial da modalidade, reforçou que entre os treinos, competições, existe a necessidade de se cuidar. “O outubro Rosa se tornou bem importante porque ele é marcado por muitas ações de conscientização das mulheres para prevenção do câncer de mama. Eu busco, na minha rotina, além da prática de atividade física, pelo esporte que escolhi, fazer exames de rotina, ter hábitos saudáveis e alimentação equilibrada, pois são práticas que podem prevenir várias doenças, inclusive o câncer”, disse.

Os cuidados servem para todas, como confirma a faixa-preta de jiu-jitsu, líder da Gracie Barra Arapiraca e professora da modalidade, Dandara Guimarães. “Nós, mulheres que trabalhamos com esporte e temos a atividade física como forte aliada na prevenção de doenças e melhor qualidade de vida, devemos estar sempre atentas e atualizadas nos cuidados também em nossa rotina de exames. Prevenir é sempre a melhor opção”, explicou.

OUTUBRO ROSA E O COMBATE AO CÂNCER

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.

Para o Brasil, foram estimados 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.

O câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2019, de 14,23/100 mil. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Informações: Gov.br/INCA