A falta de inovação e ousadia na Seleção de Tite
- Charles Hebert
- 07/06/2019 23:16
- Charles Hebert
Fiquei surpreso com a convocação do veterano Willian para a seleção no lugar do polêmico craque Neymar. O ex-corintiano já teve diversas oportunidades de mostrar seu futebol na seleção, e nunca fez a chamada diferença, apenas limitou-se a ser mais um dentro da equipe. Para mim, um jogador comum, como muitos outros que são convocados para a nossa seleção. Cito jogadores como Daniel Alves, Fagner e Fernandinho que fazem hora extra em nossa equipe canarinho.
Aí quando vi que seria aberta uma vaga no lugar do Neymar, eu pensei, se eu fosse o Tite surpreenderia a todos e convocaria o garoto do Fluminense João Pedro. Que vem iniciando sua carreira de forma avassaladora em jogos profissionais, fazendo mais gols do que vários craques mundiais em início de carreira. Surpreendendo o futebol brasileiro e internacional, aparecendo como manchete em vários jornais da europa.
E se analisarmos direitinho, numa grande equipe que é o Fluminense, mais que passa por vários problemas internos, que não possui um grande elenco, e se apresenta nesta temporada com um time bastante limitado. E mesmo assim, neste cenário, o garoto vem se destacando.
Sem querer fazer comparativos, mas dois dos maiores craques da nossa seleção foram convocados com idades abaixo dos 18 anos. O nosso maior de todos o Rei Pelé, e o nosso extraordinário atacante Ronaldinho Fenômeno. Portanto, temos referências muito positivas nestas convocações.
Na minha cabeça, a Seleção Brasileira é para estar os melhores, mas os melhores que venham apresentando os melhores desempenhos em suas equipes próximo as convocações. E não os que em alguns momentos foram melhores, mas no momento não passam por boas fases.
E neste contexto, o técnico Tite perdeu uma excelente oportunidade de ser ousado e inovador, convocando o jogador que mais vem sendo falado e divulgado nestes últimos dias no futebol brasileiro e internacional. Nem o fantástico gol de bicicleta nos acréscimos contra o Cruzeiro, em partida válida pelas oitavas de finais da Copa do Brasil, fez com que o Tite se livrasse do conservadorismo e arcaísmo que passa a nossa seleção e convocasse de forma surpreendente a jovem promessa.
O Brasil entra nesta Copa América pressionado pelo título. Mas com os mesmos problemas, sistema de jogo e concepções que impedem a nossa seleção de voltar a ser temida e respeitada como sempre foi. Se jogar a bola, que jogou contra o CATAR, vai sofrer muito para ser campeã.
E num país recheado de Josés, Joãos, Marias e Pedros. Eu abdicaria do conservadorismo de convocar o veterano Wilian e convocaria um jovem chamado JOÃO PEDRO!
E vocês concordam?
Recebam nossos abraços,
Charles Hebert
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