Dono da maior receita entre os clubes participantes e único representante do Estado na Série A, o Leão se despediu do Campeonato Pernambucano sem conseguir vencer um jogo sequer como visitante. No Estádio Lacerdão, nesta quarta-feira, sucumbiu para o Central por 1 a 0 e amargou a segunda eliminação na temporada - já tinha saído precocemente na segunda fase da Copa do Brasil diante do Ferroviário-CE. Após o revés para a Patativa, o técnico Nelsinho Baptista preferiu exaltar o lado positivo do trabalho que vem fazendo à frente da equipe.
- No futebol brasileiro, o treinador sempre tem problemas. E nós estamos trabalhando. Tem muita coisa boa que aconteceu. Essa é a segunda eliminação que nós tivemos, uma na Copa do Brasil e outra no Pernambucano, mas existe muita coisa boa. Existe um trabalho visando à temporada. Espero que tenhamos outras atitudes e outras decisões para a gente terminar a Série A em uma condição muito boa.
Segundo Nelsinho Baptista, o fato do Leão ter encarado uma pressão maior em busca do título por ter a maior receita - a própria diretoria afirmou que a obrigação do time era ser campeão - não atrapalhou os jogadores. Por outro lado, criticou o gramado do Estádio Lacerdão, na cidade de Caruaru.
- Não atrapalha nada (pressão por resultados). Quem vive no futebol há muito tempo tem que conviver com isso. Temos de ter condição e infraestrutura boa para praticar futebol. Não é desculpa, mas não posso deixar de falar desse gramado do Lacerdão. Fica um jogo menos pegado, de muita bola aérea e de uma bola só.
O treinador reconheceu que faltou ao Sport chegar mais ao ataque no segundo tempo - o time só finalizou uma vez, aos 42 minutos, com o zagueiro Ronaldo Alves, em chute de fora da área. Mas voltou a reclamar do gramado.
- Não tivemos uma finalização, uma chegada no segundo tempo, mas não faltou entrega. Todos se doaram ao máximo. Se não aconteceu, foi porque nós não chegamos em um gramado bom.