Cafu tenta convencer Pirlo a torcer pelo Brasil e aprova laterais de Tite

  • Lance
  • 15/06/2018 07:10
  • Brasil e Mundo

Uma das grandes ausências da Copa do Mundo da Rússia é a seleção da Itália, que não conseguiu a classificação para disputar esta edição do torneio - a primeira ausência em 60 anos. Também será o primeiro Mundial após a aposentadoria de Pirlo, craque italiano, que não terá seus compatriotas para torcer. Pensando nisso, McDonald's e Uber Eats lançaram vídeo publicitário com o ex-jogador da Azzurra, que contracena com outros atletas que tentarão convencê-lo a torcer por suas seleções.

O time de estrelas inclui Luis Hernandez e Jared Borgetti (México), Harry Kewell (Austrália), Rui Patricio (Portugal), Mashahiro Fukuda (Japão) e Alexandre Guimarães (Costa Rica). Além dos campeões mundiais Marcel Desailly (França) e Cafu, este representando a torcida brasileira. O último capitão a levantar a taça da Copa para o Brasil falou ao LANCE! sobre a campanha.

- Convencer o Pirlo a torcer pela Seleção Brasileira, já que a Itália não está na Copa do Mundo, não foi muito difícil, foi muito fácil. O Pirlo ama o Brasil, ama os brasileiros. Foi muito bacana o período que nós jogamos juntos no Milan, foram seis anos, aquele clima de festa, de conquistas. Ele até arranhava algumas palavras em português. Então eu falei “Pirlo, é Brasil, pô”, e outra ele jogou com muitos brasileiros bons, muita gente bacana na carreira. Pelo menos a torcida do Pirlo, o Brasil já ganhou - declarou o eterno lateral da Seleção.

Cafu, que participou de quatro Copas do Mundo, jogou três finais e conquistou duas, tem motivos para convencer seu ex-colega de Milan. Isso porque não esconde a sua confiança no sucesso do Brasil na Rússia e elogiou a postura de Neymar ao 'liberar' os brasileiros a sonharem com o hexacampeonato.

- Está certíssimo o Neymar. Isso é autoconfiança, o time está bem, está bem treinado, confiante. Os últimos resultados mostram isso. Tem que entrar em campo confiante de que vai conquistar o título de campeão do mundo. O Brasil tem sim condições de ganhar a Copa, apesar de ter uma pressão muito grande em relação aos resultados. Tenho certeza de que o Brasil vai fazer uma Copa fantástica e vai trazer muita alegria para o nosso povo - afirmou.

Desde que Cafu deixou a Seleção Brasileira, a lateral direita sempre foi uma posição que causou problemas para os treinadores. A carência na posição proporcionou vários testes no setor, até que Daniel Alves, o jogador com mais títulos na história do futebol, virou unanimidade. Sem ele, seus substitutos voltaram a criar desconfiança na cabeça dos brasileiros, mas não para o ex-camisa 2 do Brasil, que aprova as opções de Tite.

- São dois grandes jogadores. Acho que o Danilo leva um pouco mais de vantagem, devido à contusão que o Fagner teve, que se recuperou agora, e logo estará 100%, mas o Brasil está muito bem servido por esses dois grandes laterais. Acredito que isso não será um problema para o Tite, mas sim uma dor de cabeça, porque os dois têm condições de serem titulares absolutos da Seleção Brasileira - elogiou.

Capitão da Seleção nas Copas do Mundo de 2002, quando foi campeão, e de 2006, Cafu também falou da filosofia de Tite ao optar pelo rodízio entre os jogadores que recebem a faixa no braço. Para o ex-lateral a medida é mais um acerto do técnico brasileiro, que permite que a responsabilidade se divida entre todos e não em um só jogador.

- Eu acho essa ideia fantástica, porque você dá responsabilidade para todo mundo. Claro que na súmula vai ter que colocar o nome de alguém, e depois, na final, ele vai ter que decidir quem será o capitão que levantará a taça, mas acho isso de extrema importância, estou de acordo com esse rodízio, é importante para o time em termos de responsabilidade, porque não deixa essa responsabilidade para um só jogador. Da maneira que ele fez, acabou dividindo a responsabilidade dentro de campo, inclusive aos mais jovens, que talvez não teriam essa oportunidade em outra situação - analisou.

Cafu aposta no Brasil como um grande favorito ao título na Rússia, e aponta Argentina, Alemanha, França e Espanha como outras seleções que podem chegar forte para disputarem a taça. Apesar do histórico das seleções que chegaram favoritas para a Copa e acabaram fracassando, o ex-jogador acredita que essa mística deve ser quebrada, e os 23 escolhidos por Tite têm capacidade para isso.

- Todo mundo acredita na Seleção, porque os resultados foram fantásticos, classificou com quatro jogos de antecedência, os números de vitória bateram recorde, mas acho que isso é bom. Acho que temos que quebrar esse paradigma de que Seleção Brasileira que chega favorita em Copa do Mundo, não ganha. Acho que esse time tem plenas condições de quebrar isso - concluiu.