Federação croata defende Vida após polêmica por suposta provocação à Rússia

  • Ig
  • 09/07/2018 06:55
  • Brasil e Mundo

O zagueiro Vida, um dos heróis da classificação da Croácia para as semifinais da Copa do Mundo , provocou polêmica ao fazer, após a vitória sobre a Rússia no último sábado (8), um vídeo no qual diz "glória à Ucrânia".

Na gravação, o defensor aparece ao lado de Ognjen Vukojevic, ex-jogador e integrante da comissão técnica da Croácia , e reproduz um dos slogans dos nacionalistas ucranianos que se opõem aos rebeldes pró-Moscou que controlam o leste do país. "Essa vitória é para a Ucrânia e para o Dínamo", reforça Vukojevic. Ambos jogaram pelo Dínamo de Kiev, da Ucrânia.

A Comissão Disciplinar da Fifa anunciou que está investigando o episódio, fato que levou a Federação Croata de Futebol a se manifestar por meio de nota oficial.

Os croatas alegam que Vida e Vukojevic estavam apenas respondendo às "inúmeras mensagens de apoio que receberam da Ucrânia durante a Copa do Mundo". "Independentemente disso, a Federação Croata de Futebol advertiu Vida e Vukojevic, bem como outros membros da equipe a absterem-se de qualquer mensagem que possa ser interpretada num contexto político", diz a nota.

Vida também se manifestou após a polêmica e pediu desculpas. "Sinto muito que parte da mídia interpretou dessa forma a nossa mensagem. É claro que não foi uma mensagem política, mas apenas um agradecimento ao apoio da Ucrânia, onde jogamos por muitos anos. Não foi nossa intenção desferir qualquer insulto aos russos", declarou.

Em outro caso de manifestação política na Copa, a entidade multou os suíços Xhaka e Shaqiri em 10 mil francos cada um (cerca de R$ 39 mil) por eles terem comemorado gols contra a Sérvia fazendo um símbolo da bandeira albanesa, etnia dominante no Kosovo, terra de origem de suas famílias e cuja independência não é reconhecida pelos sérvios.

Vida marcou o segundo gol da Croácia no empate por 2 a 2 com a Rússia pelas quartas de final da Copa e converteu sua cobrança na disputa de pênaltis. A Ucrânia acusa Moscou de patrocinar as forças separatistas da região de Donbass e de anexar ilegalmente a península da Crimeia.