Confusão e tensão marcam segundo dia de audiências do caso Daniel, no Paraná

  • Ig
  • 19/02/2019 19:52
  • Brasil e Mundo
Reprodução / Massa News

O segundo dia de audiências do caso Daniel, no Paraná, foi de bastante tensão. O andamento do processo com os depoimentos de testemunhas e acusados está sendo realizado no Fórum de São José dos Pinhais. 

Nesta terça-feira, as testemunhas classificadas como sigilosas e que fazem parte do grupo de acusação vão falar sobre o caso Daniel . Além deles, também está programado um depoimento de Eliana Corrêa, mãe do jogador assassinado por Edison Brittes no ano passado.

Na chegada a Curitiba, na segunda-feira, Eliana disse que pretende ficar frente a frente com a família Brittes. "Vou tentar olhar para a cara deles. Eu diria que tenho penas deles, que eles não têm vida mais. Só que eles tiraram a vida do meu filho e meu filho não sofre mais, mas eu sofro e eles também sofrem".

Uma confusão marcou o início dos trabalhos, logo pela manhã, deixando o ambiente tenso e tumultuado. Cláudio Dalledone Júnior, advogado da família Brittes , e Nilton Ribeiro, assistente da promotoria, bateram boca dentro da sala de audiência, ambos com tom de voz alto.

"Ele está falando alto e a juíza interrompeu. Temos excessos do assistente de acusação. Ele está se exaltando, porque as coisas estão fugindo do controle", disse Dalledone à imprensa que está no local.

Já Nilton disse que a defesa dos réus quer tirar o foco. "Ao meu ver, a defesa está tentando jogar fumaça para desviar o foco, mas o crime é bárbaro e hediondo. As testemunhas dizem que Daniel pediu 'socorro, por favor não me matem", explicou Ribeiro.

A juíza Luciani Martins de Paula, que cuida do processo, determinou que Cristiana e Allana Brittes, mãe e filha, não devem mais usar algemas durante atos judiciais. Elas chegaram ao Fórum com as mãos e os pés algemados, mas o argumento é de que ambas acusadas não representam perigo.

No primeiro dia de audiências do caso Daniel , Nilton Ribeiro comentou que os depoimentos relataram o que aconteceu dentro da casa da família Brittes na madrugada em que o atleta foi morto brutalmente. Três testemunhas foram ouvidas na segunda-feira, em cinco horas de sessão.