Landim defende valores oferecidos pelo Flamengo às famílias das vítimas do incêndio

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  • 24/02/2019 18:12
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Igor Siqueira / Agência O Globo

Pela primeira vez desde o incêndio que matou dez jogadores da base no Ninho do Urubu, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, concedeu uma entrevista coletiva na qual não se limitou a fazer um pronunciamento. Ao lado do vice-presidente geral e jurídico do Fla, Rodrigo Dunshee de Abranches, e do CEO Reinaldo Bellotti, ele deu uma explicação sobre a postura do clube na negociação com as famílias das vítimas.

- Mesmo não tendo chegado ao acordo no primeiro momento, o Flamengo trabalhou sempre com interesse de cuidar de cada família separadamente. Não tivemos o objetivo de definir uma indenização que valha para todo mundo. Não abrimos mão nesse processo. Cada situação é uma situação distinta. É isso que reforçávamos quando procurávamos acertar com as autoridades - explicou o dirigente.

Na sexta-feira, o Ministério Público informou que a proposta rubro-negra ia de R$ 300 mil a R$ 400 mil por família. Por outro lado, a proposta da câmara de conciliação era de R$ 2 milhões e R$ 10 mil mensais até 45 anos. O clube rejeitou.

Landim citou que o Flamengo está oferecendo o dobro do que a jurisprudência em casos similares aponta. Mas não revelou qual caso específico embasa o entendimento do jurídico do clube e tampouco citou quanto, de fato, foi a proposta rubro-negra.

- Uma vida não tem preço. O que podemos é indenizar a dor. Eu sou engenheiro, eu não sei calcular isso. Contratamos um profissional para isso. A orientação que o clube deu foi envolver um valor muito superior à decisão do STJ, que é a última decisão em relação a situações como essa. Voltamos a dizer: queremos que a indenização atenda ao interesse de cada família, que é distinto de uma para outra - comentou.