Mãe de Cristiana Brittes diz em depoimento que jogador foi culpado pela própria morte

  • G1
  • 03/04/2019 20:29
  • Brasil e Mundo
Reprodução/RPC

A mãe de Cristiana Brittes afirmou em depoimento à Justiça na manhã desta quarta-feira (3), em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), que o jogador Daniel Correia Freitas foi o culpado pela própria morte.

Questionada pelo advogado que defende a família Brittes, Claudio Dalledone, se Daniel havia sido culpado pela própria morte, Gessi Rodrigues respondeu afirmativamente.

Segundo a investigação, Daniel tirou fotos deitado ao lado de Cristiana, no quarto do casal, antes do crime. O delegado que investigou o caso afirmou que não houve tentativa de estupro.

Na sequência do depoimento a mãe de Cristiana afirmou que "isso não é brincadeira que se faz", e que a filha e a neta são vítimas. "Ele acabou com a minha família. Ela [Cristiana] só estava dormindo, não fez nada", disse.

Gessi Rodrigues é uma das mais de 40 testemunhas arroladas pelas defesas dos sete réus na audiência sobre o homicídio do jogador.

O atleta foi morto em outubro após a festa de aniversário de Allana Brittes, filha de Edison e Cristiana Brittes. Na época, Edison disse à Polícia Civil que cometeu o crime porque Daniel tentou estuprar Cristiana.

Nesta terça-feira (2), o pai de Cristiana depôs à juíza da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, Luciani Martins de Paula, e afirmou que se fosse pai de Daniel, teria dado outra educação ao jogador. "Eu diria pro meu filho: 'nunca vá na cama de uma mulher casada'", afirmou.

Prisão de Allana

A defesa da família questionou a mãe de Cristiana se a liberdade de Allana traria riscos ao processo e se a filha de Edison Brittes poderia coagir alguma testemunha caso não estivesse presa, e Gessi afirmou que Allana "jamais faria isso".

O advogado Nilton Ribeiro, que atua como assistente de acusação, questionou se Gessi sabia que Allana tinha mandado mensagens para a família de Daniel após a morte do atleta.

A avô da jovem disse sabia, mas que Allana não iria "falar do pai" e repetiu que o jogador "desrespeitou" a família Brittes.

Seis dos sete réus estão presos desde novembro. São eles: Edison Brittes, Cristiana Brittes, Allana Brittes, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, Ygor King e David Willian Vollero Silva.

Evellyn Perusso, acusada de falso testemunho e denunciação caluniosa, é a única que responde ao processo em liberdade.

Depoimento da mãe de Evelllyn

A mãe de Evellyn foi outra testemunha ouvida na manhã desta quarta-feira. No depoimento, ela falou o que a filha contou dias após o crime.

Rosângela Brisola Machado afirmou que Evellyn ajudou a limpar a casa da família Brittes após as agressões ao jogador porque Edison Brittes mandou que todos ajudassem.

A mãe da jovem também afirmou que Eduardo Purkote, um dos rapazes que estava na festa na casa da família, ajudou nas agressões a Daniel e só não entrou no carro de Edison Brittes porque o irmão dele não permitiu.

Eduardo Purkote foi indiciado por lesão corporal grave, mas não foi denunciado pelo Ministério Público e não é réu no processo.