"Nenhum caso fica sem apuração", diz comandante sobre supostas agressões da polícia

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  • 29/04/2019 18:57
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Daniel Paulino/Cada Minuto

O comandante do Policiamento da Capital, Neyvaldo Amorim, comentou na manhã desta segunda-feira (29) sobre os supostos abusos cometidos pela polícia no último domingo (21) no clássico CSA e CRB pela final do Campeonato Alagoano de Futebol. Segundo Neyvaldo, o Comando não “compactua com desvio de conduta de uma guarnição ou de outra, ou com excesso de conduta”.

Uma reunião foi realizada na manhã de hoje na sede do Tribunal de Justiça de Alagoas com o presidente do TJ, Tutmés Airan, o subprocurador-geral administrativo institucional do Ministério Público, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, o Comando de Policiamento da Capital e a Corregedoria da Polícia Militar para tratar sobre as denúncias dos torcedores do CSA que afirmaram que a polícia os agrediu durante a festa da torcida no bairro da Jatiúca, em Maceió.

Segundo Neyvaldo, quando chega ao conhecimento do Comando, o caso é encaminhado para a apuração. “Nenhum caso fica sem apuração pela Corregedoria. Nós seguimos exatamente a cadeia de comando. Recebo a informação, formalizo, mando para o subcomando, e do subcomando para a corregedoria”.

Neyvaldo ressaltou que o corregedor vai designar o oficial encarregado para apurar o caso, mas que as informações precisam estar alinhadas, já que muitas vezes os fatos não procedem. “As pessoas fazem aquele alarde todo, mas muitas vezes não procede. O que ocorre de fato não fica sem orientação. Nós orientamos, reunimos os comandantes de todos os batalhões, mantemos um diálogo semanalmente”.

O comandante enfatizou que conversa e orienta para que a prática não ocorra. “Infelizmente uma guarnição ou outra, por excesso, desvio, pratica. A gente investiga, apura, pune. A gente não tem deixado passar nenhum fato que é realmente efetivado e comprovado”, finalizou.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Sampaio, disse que não acha que os casos são “tão recorrentes assim”, mas que os desvios de conduta são tratados na respectiva Corregedoria.

“Os policiais recebem formação para isso. Durante a formação do policial militar ele é ciente de até o limite de onde ele pode agir enquanto agente da lei. E os desvios de condutas, que eu não vejo tão recorrente, eles são tratados depois que acontecem. Não tem como punir se não acontecer”, explicou o comandante.

Segundo ele, não precisa primeiro acontecer o desvio de conduta para que a polícia possa agir com a corregedoria. “Existe o código de ética, o código de conduta, e o profissional têm o dever e obrigação de saber o que pode e o que não pode no exercício da sua profissão”.

O comandante disse que a apuração ainda está em andamento, mas que ele não sabe qual a verdade “real do fato”, mas que existem prazos para as apurações. “Os prazos estão previstos na legislação dentro do procedimento que é aberto. Existe um prazo na lei e esse prazo deve ser seguido. E além dos prazos, se houver dificuldade por parte da perícia, existem as prorrogações. Então é importante e prudente que se aguarde”.