Na época de Benfica, Jorge Jesus ajudou Palmeiras com dois reforços e 'exigência inusitada' ao clube

  • Daniel Bocatto e João Felippe França
  • 27/05/2020 18:19
  • Brasil e Mundo
Alexandre Vidal/Flamengo Saiba mais:

Tido hoje como um dos clubes mais ricos e bem estruturados financeiramente no Brasil, o Palmeiras passou por um período recente de vacas magras e de grave crise financeira e técnica. Em 2013, por exemplo, com uma Série B de Campeonato Brasileiro pela frente para disputar e com recursos escassos para contratações, o Palmeiras precisou pinçar no mercado peças que aceitassem vestir a camisa do clube naquele momento. 

Em entrevista exclusiva ao FOXSports.com.br, Gilson Kleina, técnico do Palmeiras entre 2012 e 2014, contou como foi a formação de elenco do clube no ano de disputa da segunda divisão do Campeonato Brasileiro e revelou ainda que Jorge Jesus, hoje técnico do Flamengo, e na época no Benfica, auxiliou o Palmeiras na contratação de Alan Kardec, que se tornou peça-chave da equipe naquele ano.

"De noite, em casa, tinha uma filha pequena, eu ligava o notebook e ia acessar os elencos dos grandes clubes de fora. Colocava alguns no papel, mas era sonho. Até que eu vi o Kardec. Ele não tinha minutagem, não era relacionado para as partidas. E eu vi que ele poderia nos ajudar muito. Passei o nome para a diretoria e pedi para que eles me contactassem com o Jorge Jesus. Ele me atendeu no mesmo dia, me apresentei e que gostaria de falar sobre o Alan Kardec. Ele só fez uma exigência que gostaria também que levassemos o Felipe Menezes. E assim ele liberaria o Kardec", disse o treinador do Palmeiras na época. 

Alan Kardec caiu como uma luva no ataque do Palmeiras. Entre Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro da Série B, o atacante realizou 29 partidas e marcou 14 gols. Em 2014, o centroavante também seguiu no clube até o mês de março. Porém, após longo período de negociação, Alan Kardec deixou o Palmeiras e acertou diretamente com o São Paulo. A ida do centroavante ao time rival causou ira aos palmeirenses e ainda foi o pivô da emblemática fala de Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do São Paulo, que disse que 'o Palmeiras estava se apequenando' após uma coletiva de imprensa de reclamação e ataques ao São Paulo por parte de Paulo Nobre, ex-presidente do Palmeiras.