Paulistas e cariocas tentam quebrar hegemonia do Cruzeiro na Superliga

  • Lance
  • 24/10/2018 07:12
  • Esporte Amador
Divulgação

A Superliga masculina de vôlei, que começa nesta quarta-feira, vai marcar uma batalha em que paulistas e cariocas tentarão quebrar um domínio mineiro. Afinal, o Sada Cruzeiro venceu as últimas cinco edições e chega mais uma vez entre os favoritos ao título nacional.

A equipe comandada pelo argentino Marcelo Mendez estreia contra o Vôlei Renata, às 19h30, no Ginásio do Taquaral, em Campinas (SP), em duelo antecipado da sexta rodada do turno, já que os mineiros disputarão o Mundial de Clubes, entre os dias 26 de novembro e 2 de dezembro, na Polônia.

O Cruzeiro é responsável pela maior hegemonia na história da Superliga. Antes, os times que conseguiram se manter no topo por mais tempo foram extinta Cimed, de Florianópolis, por três edições (2007/2008, 2008/2009 e 2009/2010), e o Minas Tênis Clube (na época chamado Telemig Celular/Minas), que levou a melhor nas edições 1999/2000, 2000/2002 e 2001/2002.

Nos últimos anos, o Sada teve como trunfo a manutenção de uma base vencedora, o que facilitou o trabalho de Mendez. Mas não evitou perdas, sobretudo em 2017. Mesmo assim, preencheu lacunas, apostou em atletas competitivos e se manteve como alvo a ser batido.

– É incrível o que fizemos nos últimos anos, e mais uma vez vamos entrar para buscar o título. A Superliga é um torneio muito difícil, com várias equipes candidatas ao título, times que se reforçaram muito e vamos fazer o nosso trabalho. Temos um grupo diferente, reformulado. Ainda faltam alguns ajustes, mas nosso objetivo é sempre fazer o nosso melhor, o nosso máximo, em todo campeonato que a gente disputar – declarou Marcelo Mendez.

Desta vez, o Cruzeiro terá como maiores rivais o Sesi-SP, atual vice-campeão e embalado pela conquista da Supercopa, contra os mineiros, em outubro; o Sesc-RJ, terceiro na liga passada; e o EMS Taubaté Funvic, quarto lugar em 2017/2018.

Concentração no Sudeste

A promessa é de equilíbrio, uma vez que as trocas de clubes foram significativas. O Sada perdeu o ponta Leal e o central Simon, ambos cubanos, para o vôlei italiano, e contratou o americano Sander e o francês Le Roux. Viu o levantador Uriarte se transferir para o Taubaté e efetivou Fernando Cachopa.

– Trocamos peças fundamentais: levantador, ponteiro e central. É difícil encaixar. Temos de entender a nova filosofia e isso demanda tempo – afirmou o ponteiro Filipe.

E não é só entre os favoritos que a Superliga se concentra no eixo Rio-São Paulo-Minas. Dos 12 participantes, só o Copel Telecom Maringá e o Caramuru, ambos do Paraná, não são da região Sudeste. 

Grupo dos maiores favoritos concentram vice-campeões mundiais 

As demais forças da Superliga também foram às compras e contarão com atletas da Seleção vice-campeã mundial este ano. O EMS Taubaté/Funvic reforçou o elenco com o central Lucão e o ponteiro Douglas Souza, ambos ex-Sesi, e manteve o líbero Thales, além do ponteiro Lucarelli, campeão olímpico. Outros reforços foram o ponteiro argentino Conti e o oposto Leandro Vissotto. 

O Sesi, que tem o levantador William, acertou com dois selecionáveis para se manter entre os melhores: o ponteiro Lucas Lóh e o central Éder.

A outra equipe “grande” é o Sesc-RJ, comandada por Giovane Gavio, que anunciou o oposto Wallace, titular da Seleção. O grupo teve o reforço do ponteiro búlgaro Rozalin Penchev.

– Vai ser uma temporada bem interessante. Os times se reforçaram muito. Temos um grupo completo. Vamos dar trabalho. A cabeça de cada jogador poderá levar a equipe ao lugar mais alto do pódio. Este é o nosso objetivo. Espero corresponder. Quando criarmos uma identidade, não terá mais erro – falou Wallace, que estava no Taubaté.

O Cruzeiro, por sua vez, renovou com o central Isac e o oposto Evandro, do grupo que foi ao Mundial. 

O maior campeão nacional é o Minas, que ganhou quatro Superligas e três Campeonatos Brasileiros.

A Superliga, que chega à 25ª edição, conta com 12 equipes, que se se enfrentam em turno e returno. As oitos melhores se classificam para as quartas de final, que serão disputadas em melhor de três. As quatro melhores avançam para a semifinal, que, assim como a final, será em melhor de cinco jogos.

São Paulo tem ‘boom’ de times

Em relação à última temporada, o estado de São Paulo teve um aumento no número de representantes na Superliga masculina de quatro para sete equipes. Isso porque desistiram de disputar a competição o Lebes Canoas (RS) e o Montes Claros (MG), por problemas financeiros. O JF Vôlei (MG) foi rebaixado. 

O São Francisco Saúde/Vôlei Ribeirão (SP) e o Vôlei UM Itapetininga (SP) garantiram vagas na elite ao chegarem à final da Superliga B.