Viúvas de vítimas de voo da Chapecoense e zagueiro Neto protestam contra seguradora em Londres

  • Gauchazh
  • 30/09/2019 19:04
  • Futebol

O zagueiro Neto e quatro viúvas de jogadores vítimas do acidente com o voo da Chapecoense, ocorrido em novembro de 2016, se reuniram nesta segunda-feira (30), em Londres, para protestar contra a falta de pagamento das indenizações pela queda do avião que vitimou 71 pessoas.

Com objetivo de expor ao mundo a situação dos envolvidos, o protesto foi realizado em frente às sedes da corretora de seguros Aon e da seguradora Tokio Marine Kiln. Cada viúva usou uma camisa com a foto de seu marido na frente, e o número 71 atrás, em alusão ao número de vítimas fatais do acidente.

O ato, denominado "Verdades e Reparações", contou a presença das viúvas de Bruno Rangel, Willian Thiego, Gil e Felipe Machado, além do presidente da Abravic (Associação Brasileira das Vítimas do Acidente com a Chapecoense), Gabriel de Andrade, e três advogados. O grupo recebeu contato de um advogado da AON, mas não houve avanço.

— Não tivemos nenhum tipo de avanço. Eles até tentaram um contato, mas colocaram um advogado para reiterar que não tinham nada a ver com isso e se a gente quisesse a ajuda deles, processualmente falando, que estavam dispostos. Na verdade, o que queriam eram nos tirar da frente da empresa e não conseguiram. Nada evoluiu. Mas, dentro do que a gente imaginava, o contexto foi interessante — disse Marcel Camilo, advogado do zagueiro Neto e de parte das viúvas, à reportagem da Folha S.Paulo.

Na ocasião, 71 pessoas morreram, sendo 64 brasileiras, no voo LaMia 2933, que transportava a delegação da equipe catarinense e convidados para a decisão da Copa Sul-Americana em Medellín, na Colômbia, contra o Atlético Nacional.

Passados quase três anos, o valor referente ao seguro da aeronave ainda não foi pago. As famílias obtiveram um documento que mostra que a avaliação do seguro caiu de US$ 300 milhões em 2015 para US$ 25 milhões em 2016 após renovação feita pela corretora quando a AON junto à seguradora Bisa e à LaMia, que excluía voos que passassem pelo território colombiano.