Clubes se manifestam contra injúria racial sofrida por Gerson

  • Terra
  • 21/12/2020 07:22
  • Futebol
Alexandre Vidal / Flamengo

Com direito a expulsões, viradas, reclamações e VAR, o Flamengo bateu o Bahia por 4 a 3, no Maracanã, em jogo válido pela 26ª rodada do Brasileirão. O Rubro-Negro jogou com um a menos desde os nove minutos da primeira etapa, após o atacante Gabigol ter sido expulso por ofender o árbitro Flávio Rodrigues.

O Flamengo chegou a ir para o intervalo vencendo por 2 a 0, mas levou a virada em menos de 15 minutos na etapa final. No entanto, Rogério Ceni acertou nas substituições e viu Pedro e Vitinho garantirem a vitória de virada. Porém, o jogo terminou com uma mancha após o meia Gerson, do Fla, revelar que foi vítima de injúria racial de Índio Ramírez, meia colombiano do Tricolor.

O caso ocorreu logo após o colombiano marcar o primeiro gol do Bahia aos 5 minutos da etapa final. Somente depois do apito final, em entrevista ao canal SporTV, que Gerson relatou ter sido vítima de injúria racial por parte do meia Índio Ramírez.

- Quero falar uma coisa: tenho muitos jogos como profissional e nunca vim falar nada porque nunca sofri esse preconceito. Quando tomamos um gol, o Bruno Henrique ia chutar uma bola, o Ramirez reclamou e fui falar com ele, que disse: "Cala a boca, negro" - contou Gerson.

Nas redes sociais, o Flamengo repudiou o episódio e exigiu "profunda apuração do fato". O VP de futebol Marcos Braz, em entrevista coletiva após a partida, e colocou o Flamengo "à disposição e ao lado do atleta" para a investigação do caso.

Outros clubes do Campeonato Brasileiro também se manifestaram em defesa do meia Gerson. No Rio de Janeiro, Vasco e Botafogo exigiram uma "apuração dos fatos".

Além do Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense também se manifestaram nas redes sociais em defesa ao meia Gerson. Assim como o Rubro-Negro, os clubes também exigiram uma apuração dos fatos. São Paulo, Corinthians, Santos, Internacional e Grêmio também apoiaram o jogador.